terça-feira, 17 de agosto de 2010

auto conhecimento

Minha intenção não é despertar a pena das pessoas. Eu me sinto aliviada por ter conseguido enxergar que eu estava vivendo um erro que nem sei como reverter se não for pedindo desculpas.
Desejar o mal das pessoas é o pior sentimento que se pode ter, mesmo que for inconsciente e percebido depois de muito tempo nessa vida.
Eu sempre me considerei uma pessoa boa, sempre achei que as pessoas podiam contar comigo, sempre procurei ajudá-las com minha mísera experiência, claro, mas as vezes as pessoas só precisam de quem as ouça.
Escolhi uma profissão que até ontem condizia com o que meu auto-conheceimento dizia a mim quem eu era, estou estudando psicologia, para com técnicas ajudar as pessoas, mas como uma pessoa como eu pode fazer isso? Se eu consigo ser tão maldosa com alguém que amo tanto, imagina só se eu poderia escutar e ajudar uma pessoa desconhecida a se entender melhor.
Eu não diria que estava vivendo uma mentira, porque eu sei que tenho meu lado bom, mas certas coisas são imperdoáveis e não se resolvem só com desculpas, precisa-se de atitudes verdadeiramente boas, e já que eu não posso contrrolar meus maus desejos eu prefiro assegurar as pessoas que não passem mais tempo algum comigo, que não me contem nada, que não me permitam participar de suas vidas.
Se eu não sei distinguir meus sentimentos e nem reconhecer meus limites, não vou continuar errando.
Fico muito feliz por eu ter percebido isso antes de sair por aí machucando outras pessoas, fico mais feliz ainda porque sei que tenho a chance de tentar não me envolver com mais ninguém e não causar mais nenhum tipo de decepção.
Se na minha vida as coisas não estão indo bem, as alegrias e conquistas dos meus amigos deveriam ser para mim um trampolim de esperança para tentar conquistar o que eu mereço, mas meu merecimento não vai além do que já tenho. Tenho mais do que deveria, sinto pena das pessoas que tem que conviver comigo e estão sujeitas as minhas conspirações.
É muito ruim não poder escrever um texto bonito, e tenho medo desse texto, eu tenho medo da pessoa que me tornei. E gostaria de ressaltar que isso não é para que me digam: "que isso, você é ótima" ou "tente mudar, evite pensar, você consegue".
Isso é só um pedido de desculpas e uma tentativa de explicação ou confissão a todos que se sentirem tocados com isso ou já passaram por uma grande decepção por minha causa.
O lado bom disso tudo foi eu ter conseguido perceber a magnitude dessa constatação, assim posso evitar qualquer contato com pessoas boas, para poupá-las do meu negativismo exacerbado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Onde está?

Eu queria saber de onde vem todo esse desânimo, essa tristeza, essa passividade.

Queria ser uma boa psicóloga para entender as trevas da mente humana, porque um ser dito humano é capaz de cometer atrocidades com alguém de sua própria família, porque as pessoas mentem tanto, algumas tão naturalmente, manipuladoras como psicopatas?

Eu queria saber onde eu perdi aquilo que eu tinha, uma coisa que me fazia sentar e começar a escrever, eu até que escrevia legal, sério mesmo, onde eu perdi essa coisa? Era tão massa o que saía, palavras às vezes até desconexas mas que acabavam fazendo um enorme sentido.

Será que quando eu era mais jovem eu tinha mais paciência para escrever? Ou eu tinha mais assunto, mais trevas para desvendar na minha cabeça? Eu escrevia bastante quando estava triste e quando as coisas davam errado, escrevia também morais da história.

Agora estou triste mas não consigo escrever como antes, porque? Sabe, tá parecendo que me acomodei na minha tristeza e não tenho mais aquele bonito desejo de mudanças, me acomodei com a insegurança, com acordar cedo, com a faculdade nada promissora.

Eu queria aqueles "ares de antigamente", onde eu tinha metas e alcançava melhorias aos poucos. Era um tempo de constantes mudanças, de progressos, os quais agora nem passam pela minha cabeça, nenhum tipo de evolução, nem espiritual.

Acho que cansei de reivindicar, de lutar, de sempre procurar algo que nunca chega, algo escondido que na verdade não passa de imaginação.

Alguém pode desenhar o meu futuro num pedaço de papel?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Jaboti

A médica tirou o remédio que mais me dava sono, Fenergan, conhece? Remédio muito conhecido como derruba-leão nos hospitais psiquiátricos. Eu melhorei, estou sim com menos sono. Tô mais animada, alegre, contente.
Ah, eu dei uma "boa engordada" nesses últimos 3 meses, agora tô tentanto emagrecer, e tô confiante. Não tá difícil, tá legal. Quando temos um objetivo e um grupo de apoio fica bem mais fácil, e eu tô adorando.
Algumas tardes eu vou caminhar no jaboti, e tá sendo uma delícia, mas é principalmente pela companhia, a vista é bonita, eu gosto (tirando o sapo e o gambá morto), mas a companhia é essencial.
Eu queria falar dessa companhia, que na verdade está sendo uma descoberta muito agradável. Apesar de já nos conhecermos há tempos, agora é que estamos nos conhecendo de verdade, nos unimos em uma época difícil, estávamos mal, mas agora que estão passando esses ares de poluídos de azar conseguimos tirar proveito de uma fase ruim para nos apoiarmos também nessa fase boa, de mudanças positivas.
Eu estava com medo de que fôssemos companhia uma para a outra só enquanto estávamos "doentes", mas não foi assim, continuamos juntas, amigas.
A gente não gosta de gayzisse, de amorzinho, sentimentalismo, mas eu acho que às vezes faz falta, e é isso que estou fazendo aqui, gayzisse mesmo, pra dizer o quanto eu a amo e o quanto ela está sendo especial, indispensável.

Um beeeijo, viiiu, queriida.

terça-feira, 18 de maio de 2010

2ª Consulta

E hoje é o dia de mais uma consulta, para eu ter uma segunda opinião.

Bom, na minha última consulta a médica foi legal, mas parece que ela não me escutou ou acatou as coisas que eu disse que sentia. Ela me deu muitos remédios, não queria tantos. Ela disse que aos poucos vai tirar, mas não sei não, hein, prefiro consultar-me com outra médica, quero ter outra opinião, um diagnóstico não pode ser dado em uma única consulta, não é certo, o caso tem que ser melhor avaliado. Apesar de que os psicólogos pensam assim a respeito dos diagnósticos, já os psiquiatras são mais automáticos, juntam os sintomas e dão o resultado, prática que não considero muito assertiva.
Comecei um regime, me descuidei demais desde quando comecei a não me sentir muito bem, só que não tenho certeza se estou num período bom da minha vida para fazer regime, é muita pressão fazer regime e tratamento psicológico ao mesmo tempo. Ou não, talvez até o tratamento psiclógico me ajude a ir bem no regime. Espero que sim.
A última psiquiatra me indicou que eu fosse à um psicólogo de linha psicanalítica, ainda não fui pois estou esperando pra ver qual será a indicação da psiquiatra de hoje.
Na última consulta fiquei muito nervosa, não conseguia parar de tremer, só consegui falar com ela porque antes havia escrito todos os sintomas esquisitos que eu achava que tinha. Hoje não sei se vou ficar nervosa, espero me sentir mais à vontade e não esquecer de nada importante.
Realmente gostaria que ela me desse atestado para alguns dias, tá foda vir trabalhar, mas acho que se ela pensar que eu esteja com depressão ou algo do tipo, o essencial será não parar com minhas atividades.
Atestado, atestado, atestado!!!
Quando repito a mesma palavra ela perde o sentido às vezes e, eu a desconheço, acho estranha, igual a mim.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O dia fatídico.

Eu tinha uma consulta psiquiátrica marcada para terça-feira, mas a tal da médica ficou com gripe e desmarcou. Detalhe: Quando estou com gripe vou trabalhar, me arrastando mas vou.

A consulta está marcada para hoje, quinta-feira. Pareço estar tão bem, tão normal, comum. Porque quando chega perto do dia da consulta a gente melhora? É um tipo de alívio instantâneo ou normalidade fingida? Tenho que estar bem para conseguir explicar tudo para a médica ou tenho que ir lá numa pira, para ela ver que realmente fico mal e não é frescura? Será que eu tenho medo de ter uma coisa séria e não quero tomar remédio, ou eu tenho medo de não ter uma coisa séria para não existir remédio que resolva? Acho que não vou suportar que a médica diga que não tenho nada, aí fica mais difícil de me tratar. Mas não pode ser que eu não tenha nada, não pode. Imagina só, as pessoas me dizem que preciso de psiquiatra, a psicóloga disse que preciso de psiquiatra e não poderia esperar, eu mesma sempre achei que precisasse. Não é frescura, eu sei que não, porque não dá pra controlar. Quando passa, um dia depois por exemplo, eu tenho consciência, consigo analisar, consigo rever, mas não consigo entender o porquê na maioria das vezes.

Eu queria tanto ser uma pessoa esclarecida. Primeiro, esclarecida de mim mesma, e depois, esclarecida a respeito da sociedade, das regras, como se comportar, o que é essencial. Sou a confusão em pessoa. Como é possível sentir e não saber o que é? Não poder nomear, não conseguir distinguir se é bom ou ruim. Não saber se um pensamento seu só está lá para te confundir ou ofuscar a sua realidade. CRARO NÉ, se ele está lá pra me confundir, aí é que eu não poderia saber a verdade mesmo. Será que nosso pensamento nos confunde "pro nosso bem"?

Porque não mandamos em nós mesmos se nossos pensamentos são NOSSOS, produzidos pelo NOSSO cérebro, pelo NOSSO corpo? Não podemos ter controle de nós mesmos e isso é muito esquisito. Porque nossa mente engana, boicota?

Cara, e eu tô fazendo psicologia. Tô me metendo num barco furado, quase afundando. A psicologia é muito louca mesmo.

Ai, vou trabalhar.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Pai, Mãe, Mary Barnes.

A semana tá sendo mesmo estranha. Ontem eu tava esquisita, nenhuma novidade, mas eu tava muito na euforia de alguma coisa, não conseguia parar de me mexer, falava com as pessoas do trabalho como se fossem meus amigos, pernas e mãos inquietas, na faculdade não consegui me concentrar por muito tempo direto na mesma aula, no mesmo assunto, acabei por distrair minhas amigas, elas riram de mim sem parar, gosto de ser engraçada. Consegui entender que a maneira de análise funcional que aprendemos no ano passado não é muito legal, que não podemos separar em A, B e C, que temos que ver como um todo, e não me perguntem mais nada. Ontem tava difícil de dormir, não queria, se eu pudesse teria ficado acordada a noite toda lendo meu livro, Viagem Através da Loucura, por Mary Barnes e Joseph Berke. Mary Barnes é uma esquizofrênica, que tinha uma família toda doente. A mãe sempre teve problemas, o irmão também. O pai era o menos problemático da família, aparentemente, a não ser por ter que aguentar uma família toda doente. O livro é muito bom, muito interessante, pra mim tem que ser mesmo, porque eu odeio ler e fico muito feliz quando, raramente, consigo me ater à uma leitura. Nesse livro, é contada uma história onde a família e os pais são o "estopim" da doença dos filhos, e em muitos lugares é assim, os filhos adoecem por conta de proteção demais ou de menos dos pais. Ontem foi falado na sala de aula que doenças psíquicas, em sua maioria, não são genéticas, e podemos herdar culturalmente de nossos pais, meio que copiando-os, da maneira como são, acabamos adquirindo algo que tiverem. Isso não é regra, é hipótese, dentre tantas outras, porém, pode servir como explicação. Tenho medo de que eu fique um dia como minha mãe, ela é muito inteligente, é uma artista, mas também sofre de bipolaridade e sua fase mais persistente é a depressão. Ela tem vícios muito ruins, que por hora estão controlados, com muito custo. Sei que com minha experiência com ela eu aprendi muitas coisas que não devo fazer, tomei grande parte de sua história pessoal e familiar como um exemplo a não ser seguido, por isso acho que me foi de grande valia ter passado por tudo isso, e ainda estar passando, infelizmente, principalmente levando em conta a carreira que pretendo seguir, a de psicóloga. Ela e meu pai são um ótimo exemplo de como se educar os filhos, e saber medir liberdade e obrigações, e sou muito grata à eles por isso.
Não sei se eu quero escrever mais alguma coisa, sinto que falei demais, e tem algo me apertando no peito, me dando um frio, um ruim. Prefiro não escrever mais.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Paciência (ou a falta dela)

Tô com raiva das pessoas aqui do trabalho virem falar comigo, não quero falar, nem responder, nem fingir. Tá foda. E eu não posso não responder, não posso dizer que estou mal. Simplesmente tenho que aguentar, e aguentar calada, sem poder bater, ou gritar, ou mandar calar a boca. Não gosto que leiam para mim as notícias do jornal, tem notícias que não quero saber, se eu quisesse saber eu leria o jornal. Mas não, alguns fazem questão de ler o jornal pra mim, como se fosse de meu interesse que o SAMU fez um parto na frente do hospital. Que raiva, que raiva.
Tem coisas do trabalho das pessoas que eu não preciso aprender, e nem quero, não precisa ficar me ensinando, mano, e não venha me pedir para te ajudar em nada, porque suas perguntas são burras demais, do tipo de como se muda a letra no word. Se você não fosse tão metido a saber de tudo e dar opinião sobre tudo e para qualquer um, eu até que te daria um desconto, mas não, você é cheio de palavras chiques mas duvido que saiba realmente o que quer dizer. Cada coisa que lê tem que me falar, pelo amor de santo deus, cristo, ô meu crissxto.
As pessoas sempre me falam que qualquer coisa, se tiver muito corrido, podem me ajudar, mas na verdade mesmo sou eu quem tenho que acabar ajudando todo mundo. Sou eu quem tem que saber de tudo, tudo é pra mim, vem pra mim, eu tenho que saber dar todas as informações, mesmo que não seja do meu setor.
Ah, os motivos que despertam minha raiva são inúmeros, as vezes podem ser considerados bobagens, mas para mim não são. Enquanto eu estava bem eu conseguia aguentar quieta e relevar a sua chatice, mas agora eu não tô dando conta, cara, tá difícil.
Eu não aguento, tô cansada disso, enquanto eu tento escrever aqui estou tendo muitas, muitas interrupções, não tá dando certo, e eu não quero ser mal-educada. Acho que preciso mesmo de umas férias, porque a coisa tá feia, e eu vou acabar demonstranto minha raiva e desafeto.

Me salva.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fantasia

Hoje o dia esteve estranho. Senti-me tremendo as mãos, mas elas não pareciam tremer, aparentemente. Vi na rua uma mulher e uma garota de uns 7 anos, já tinha as visto antes, elas estavam sentadas num pedaço de papelão na calçada e estavam com roupas boas. Seriam recém "desenricadas"? As pessoas estavam olhando para mim, elas sabem de algum plano ou alguma nova idéia que eu não sei, e o pior de tudo, elas sabem que eu não sei, e também não é pra eu saber, porque é uma conspiração. As pessoas têm umas caras esquisitas, juro que hoje vi duas mulheres tão feias que duvidei que fossem desse planeta. No trabalho não quero cumprimentar ninguém, e nem ser legal, não tô com vontade de me fazer "de legal". Tive medo de andar sozinha na rua, parece que as pessoas querem me comer com os olhos. Quando eu estava saindo do banco quase perguntei à uma mulher o que tinha de estranho na minha cara, na minha roupa, mas não tive coragem, ela podia estar contra mim.

Tá, isso é coisa da minha cabeça. O problema é que só depois eu vejo isso, na hora é real, mas enquanto estou na rua, com todos me olhando, indefesa, não consigo imaginar uma trégua dessa fantasia.



quinta-feira, 1 de abril de 2010

?

Eu queria saber porque essa coisa chata tá acontecendo, queria saber controlar, queria cnseguir esquecer as vezes que preciso de alguém e tentar me ajudar sozinha. Se hoje uma pessoa não pode me ver isso não poderia ser para mim o fim do mundo, e acredito que esse seja justamente meu problema, mas aí eu já fico pensando que sou desagradável, que não querem me ver, que vão brigar comigo, que contaram uma mentira a meu respeito, que algo de ruim me envolvendo aconteceu ou que simplesmente se cansaram de mim. Esse meu medo de rejeição e de perder as pessoas me consome a cada dia, é horrível não se sentir querido por alguém. Aí dizem: Eu te amo, eu me preocupo. Mas eu não vejo muito isso. Aí me pergunto, será que as pessoas que eu amo realmente não demostram ou sou eu quem estou querendo demais? preciso de parâmetros para conseguir avaliar se estão me tratando como eu mereço, ou se eu estou sendo boa com eles, ou se sou merecedora de atenção. Sabe aquilo de ir à minha casa me levar uma flor? Porque eu não tenho isso? Não sou digna por um acaso? Porque não podem ir me buscar no trabalho e me levar pra dar um passeio? Queria saber realmente se eu não mereço, se sou desagradável, se as pessoas gostam de estar ao meu lado. As vezes faço coisas chatas e sou grossa, mas eu juro que é difícil controlar, pra mim as situações se engrandecem, e eu queria muito, como eu queria arrancar isso de mim, mesmo que fosse arrancando um membro, quem sabe eu viveria melhor. Enquanto não posso arrancar de vez, vou tirando aos pouquinhos. Já ajuda.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Foi horrível.

Ontem eu estava muito, muito feliz. Não fui à faculdade porque meu garoto não foi, pediu que eu também não fosse. Estávamos nos divertindo, estávamos engraçados, estávamos bem. Algo aconteceu, algo simples, algo entendível, uma coisa que eu já esperava, claro, mas aquilo me machucou e me enraiveceu de tal maneira que meu humor mudou completamente, na mesma hora, e eu comecei a soltar fumaça pelas ventas.
Fui idiota, grosseira, acabei mandando meu garoto embora, disse à ele que eu estava desagradável, que estava uma pessoa ruim, ele foi. Ele me ligou umas 3 vezes, mas eu disse que eu não estava a melhor pessoa do mundo para falar com ele naquela noite. Ele insistiu, queria conversar, eu não queria, sabia que não estava bem, que eu não conseguiria ser legal e nem conseguiria conter alguns impulsos e algumas palavras irônicas e grosseiras. Eu o machuquei, sei disso, e na hora em que conversávamos eu sabia o que estava fazendo, é claro que sabia, mas não pude evitar, parece que era outra de mim, meu Eu maldito, destrutivo, de alguma maneira meu Id falando mais alto, esquecendo-se da realidade.
Eu não gostei de ter ficado daquele jeito, não gostei de ter magoado profundamente a pessoa que mais amo nessa vida, mas eu confesso sinceramente que não era meu Eu frequente que estava falando, era outro, que aparece de vez em quando, sem justificativa aparente, simplesmente aparece para foder com o resto do meu dia, uma noite que tava legal, que prometia ser bonita.
Gostaria de me desculpar pelo meu outro Eu, pedir desculpas ao meu garoto por eu ter sido tão ridícula, não queria que tivesse acontecido, mas eu juro que não pude evitar. Não sei o que foi esse tipo de crise, não sei se tem algum nome, ou diagnóstivo, sei que quando acontece, não acaba na hora que eu quiser.

Me desculpe, meu amor.

segunda-feira, 1 de março de 2010

13 kg fizeram toda a diferença!

Boa Tarde!!!


Primeiramente gostaria de agradecer ao pessoal que me visita e que está comentando, muito bom saber que o que eu escrevo não é em vão, isso me incentiva a continuar por aqui! Muito obrigada, lindezas!


Quero falar de uma coisa boa que aconteceu em minha vida, uma delas.
Ano passado, mais ou menos em Setembro, Outubro, eu fiquei de saco cheio de ser gorda e de sofrer para comprar roupas, porque para uma mulher se gostar não adianta apenas ser bonita, tem que ser bonita e magra, na maioria das vezes. Comecei um regime bem drástico, o tal do regime do cetônico, aquele em que comemos proteínas e deixamos de lado os carboidratos e açúcares. Foi difícil no começo, e mais difícil ainda no passar dos dias, porque é um cardápio bem restrito, mas como eu estava emagrecendo rapidamente eu continuei, mesmo sabendo que esse regime não faria bem á minha saúde mas,...eu estava necessitando de uma medida rápida, a coisa tava feia!
Consegui manter o regime durante 2 meses, fui muito forte, muito mesmo, e o que me fazia continuar eram os kgs perdidos e os elogios de todas as pessoas que me viam e me conheciam, foi delicioso. Perdi ao todo 13kg que fizeram toda a diferença, me fizeram perceber o quanto sou linda e para o resgate de minha auto-estima, que aumentou consideravelmente.
No fim do ano passado parei com o regime, e por isso ganhei alguns quilinhos, mas nem fizeram muita diferença negativa, só que eu quis emagrecer mais, tentei começar esse tal regime denovo e o resultado não foi legal. Comecei a me sentir fraca, a pressão baixa, enjõos, tontura, indisposição,...não foi bom mesmo. Tive que ir á uma nutricionista para "aprender a comer" e repor tudo de saudável que estava me faltando, e está sendo muito bom pra mim, até minha pela (que sempre foi horrorosa) está melhorando.
E o melhor de tudo é que eu me acho linda, às vezes até demais, rs. Quando nos sentimos lindas parece que automaticamente todas as áreas de nossa vida melhoram, uma partezinha que for, mas melhora.



Esse é o exemplo de uma mulher linda e maravilhosa, Drew Barrymore, que nem sempre esteve como um estereótipo de beleza e eu quis colocá-la aqui porque gosto muito dela(e meu namorado também)!



















Pode ter sido chato para alguns ler essa conversinha de regime, mas é o que eu estava com vontade de contar, e nela tem muito mais do que uma receita para emagrecer, principalmente ela diz que temos que nos amar, e se não estivermos felizes da maneira que está nosso cabelo, nosso corpo, temos que ir em busca de uma melhora e ser fortes, até estarmos contentes, porque não há nada mais compensador na vida do que estarmos felizes da maneira que nos apresentamos para nós mesmas.



Um beijo!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Finja que estamos numa sorveteria conversando.

Bom, estive pensando no que dizer hoje à vocês, estou tentando encontrar algo interessante, bonito ou engraçado, ou os 3 juntos.

Vamos lá, estou pensando, relembrando,...

Acho que em primeiro lugar eu deveria lhes contar um resuminho da minha vida, não toda ela, claro, vamos nos conhecer por partes.

Nasci numa família meio hippie, fui filha única até meus dez anos de idade. Meu pai me apresentou Os Mutantes e minha mãe me apresentou Nirvana. Brinquei muito durante a infância, MUITO mesmo, não tenho do que reclamar. Cresci aos meios de guitarra e bateria improvisando um show em minha cozinha.





Até essa parte é tudo bonito, até interessante, e acho que meus traumas e tristezas vou contar só daqui um tempo. Ainda não me sinto tão à vontade para falar aqui à esse respeito.
Isso foi uma parte de mim, um pedacinho de uma garota carente de amigos, principalmente de um melhor amigo, por enquanto.



Obrigada a quem comentou, fico feliz ao saber que alguém lê isso aqui! ^^

Um beijo

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Olá queridas, queridos!

Estive aqui pensando que, assim como eu, pode ser que existam algumas pessoas que ainda não acharam sua (seu) melhor amiga (o), e isso não é ruim, é apenas para mostrar que ainda está por vir um dia muito especial, e principalmente uma pessoa muito especial, a quem nos dedicaremos e daremos boas risadas juntos. Enquanto isso não acontece, que tal nos unirmos e sermos todos melhores amigos, compartilhando de nossas alegrias para assim tentarmos diminuir essa carência tão chata?

Sei que não é um convite assim tão tentador, eu admito, mas posso provar que tenho várias qualidades apreciadas por você. Claro que essa prova não aconteceria numa única conversa, num único post, num único desabafo, será preciso que me acompanhe, me conheça, e compartilhe comigo de idéias e besteiras adolescentes.

A partir da próxima postagem direi alguma curiosidade, algum pensamento, alguma besteira que sempre passou pela minha cabeça, não sei ainda o que direi, na verdade só sei que virei.

Por favor, mereço uma chance, a mesma chance que você também acredita merecer, afinal de contas, você não me viu para simplesmente "não ir com a minha cara".

Um beijo

E ansiosamente

Até a próxima! ^^

Ps: Muito obrigado para quem já passou por aqui e deixou seu comentário! ;)

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Boa Noite garotas e garotos.

Não vou me apresentar oficialmente porque nessa fase em que estou o anonimato me é favorável, mas diria que sou a "Sua Melhor Amiga". Muitas vezes nos deparamos com perguntas existenciais e até algumas do tipo: "Quem é minha melhor amiga?", aí lembramos de todas aquelas que já passaram por nossa vida, fazemos uma espécie de inventário mental para ver se alguma delas realmente valeu a pena. Valeu, claro que sim, nada do que foi vivido foi em vão, pelo contrário, tudo mágico, porém tudo ao seu momento, lembrando que muitas vezes esse momento foi finito.

Algumas amigas ficam só nas lembranças dos tempos de colégio, outras revemos só quando vamos visitar nossos pais no Natal e a filha da vizinha também vai visitar seus pais, aquela com quem brincávamos de balança-caixão e subíamos em árvores. Outras amigas são dos tempos em que começamos a sair, a ir às festas paquerar os garotos, com quem compartilhamos nosso primeiro gole de cerveja, nossa primeira pira de maconha. Outras nos acompanham todos os dias, pelos bares, festas, filmes com pipoca e brigadeiro, formaturas, casamentos, momentos bons e ruins e por aí vai. São assim nossas amigas, umas passam, outras ficam, mas a lembrança não morre, nunca morre.

Não consegui pensar em uma atual melhor amiga, e me pergunto se isso seria algo ruim. Pensei nas antigas amigas, que já foram melhores amigas, mas agora estamos em outro clima, as pessoas mudam. Pensei naquela, aquela com quem saí e me diverti durante todas as férias, mas não, não é recíproco, aí não vale. Aquela em quem pensei já é melhor amiga de alguém, e também já tem sua melhor amiga. Vamos lá, pensando, procurando, vasculhando.

Estou pensando em outra, aquela da faculdade, pode ser, talvez sejamos melhores amigas. Sim, acho que somos. Vamos ver,...contamos segredos uma para a outra, nos importamos, cuidamos uma da outra, mas e nos finais de semana? Não nos encontramos, nem sequer nos ligamos, isso conta como ponto negativo, não, não somos melhores amigas.

Aquela do colégio, ela sim, pode ser,...não, não mais. Dá última vez que a chamei para sair levei um esporro, acho que mudamos mesmo, estamos muito diferentes, em outros mundos.

Bom, depois de pensar em várias hipóteses chego a conclusão de que não tenho uma melhor amiga, ainda. Será que é muito tarde para sair por aí em busca de uma, ou pelo menos esperar que qualquer dia desses eu a encontre e saiba que é amor verdadeiro? Pois acho que amor verdadeiro não é só entre os amantes apaixonados que dizem ser amor a primeira vista, entre amigas isso também acontece, creio eu. Espero que sim.

Me despeço de você que está lendo já com a esperança de que seja uma amiga, aquela amiga, a melhor de todas. Quem sabe não podemos ser?